O que aprendi em quase 20 anos de clínica sobre escutar o que não é dito

Nem sempre é o sintoma que revela a causa.

Na prática clínica, aprendi que o verdadeiro diagnóstico, muitas vezes, está no que não é dito. Está no silêncio, no olhar, nos gestos subtis que os animais nos oferecem.

A escuta além da linguagem

Cães e gatos não falam, mas comunicam.

Aprendi a observar o corpo, a respiração, o comportamento, a forma como reagem ao ambiente ou às pessoas. E, sobretudo, aprendi a respeitar o tempo de cada um.

A medicina integrativa convida-nos a escutar com mais atenção, com mais presença.

O que os tutores também nos dizem (e não dizem)

Muitos tutores chegam com dúvidas, mas também com medo, culpa ou frustração. Escutar também é ler nas entrelinhas.


É perceber quando alguém quer ser ouvido, mais do que instruído.

A importância de desacelerar

A clínica moderna tende a apressar o processo. Mas quando paramos para escutar — verdadeiramente — é aí que o cuidado começa.


Não se trata só de tratar doenças. Trata-se de acompanhar histórias.

Conclusão

Nestes quase 20 anos, aprendi que a escuta é a ferramenta mais poderosa que um veterinário pode ter.


E é ela que guia todos os meus projetos, formações e decisões clínicas.

Acredito numa medicina que respeita, compreende e transforma. E isso começa, sempre, por escutar.

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